terça-feira, 24 de março de 2009

O Jogo do Anjo

Acabei no carnaval o livro do Zafón, e a minha opinião foi de que é muito confuso, uma pena porque ele é talentoso, faz ótimos diálogos, personagens e cenas, mas se confunde nas tramas, dá a impressão que ele quer contar um monte de histórias num livro só, uma costurada na outra, só que aí ele se perde e abandona tudo deixa todas as histórias sem um fecho decente, estranho, no mínimo estranho, mas nada que me tenha tirado a vontade de ler o outro livro dele "A Sombra do Vento" que segundo meu cunhado Lucas tem uma trama mais coerente!!!

Uma vida inventada

É o nome do livro da Maitê Proença que acabei de ler essa semana, é lindo, parece que faz correr um rio pela alma da gente, não imaginava que a Maitê Proença, uma atriz da Globo, tivesse tanta riqueza e complexidade no seu interior (mais uma prova de que as aparências enganam!!).Não é bem um romance, embora cada capítulo comece com um trecho da história de uma menina que no final se encontra com a escritora, é tipo uma autobiografia, diário, livro de memórias, algo assim, mas ela nos arrebata com tanta poesia, que você lê sem parar e sem cansar até o final e no final se sente mais mulher, mais esperançosa e mais tolerante com todos. RECOMENDADO!!!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A Menina que Roubava Livros

É a estória contada pela morte (é a morte é a personagem narradora e as observações dela sobre os seres humanos são extremamente precisas) de Liesel, uma garota crescendo na Alemanha nazista, basicamente é a história do povo alemão médio que não concoradava conscientemente e nem discordava abertamente de Hitler e sua política anti semita, tenta explicar de que forma as palavras de Hitler e a propaganda nazista, conseguiu convencer toda uma nação ferida e marcada pela primeira guerra mundial a não contrariá-lo nos seus delírios de soberania e poder e de a que tragédia isso levou esse povo, que só queria tocar a vida e criar os filhos, a mensagem principal é que havia seres humanos na alemanha também, seres com as suas dores, amores e humanidade e que eles não eram em sua totalidade uma nação de monstros frios como aprendemos a vê-los.

Liesel é adotada por um casal alemão pobre que já tem os filhos crescidos, e nós percorremos junto com ela toda a fase de estranheza inicial, de conhecimento dos costumes e por fim de completo amor pelos pais adotivos e pelos vizinhos e amigos da rua, principalmente de seu melhor amigo pelo qual ela só descobre tarde demais ser apaixonada.

O autor escreve muito, muito bem, sem cair no óbvio e nem no melodrama, ele tem um jeito inusitado e moderno de contar a estória e a história, por vezes com desenhos, símbolos e mensagens disfarçadas, posso apostar que você só vai entender o livro plenamente na última página e daí terá que voltar e reler o começo, lutando com as lágrimas que vão estar tentando cair dos seus olhos se você for durão ou com as páginas já completamente molhadas delas se você for uma manteiga derretida como eu.

Vale a pena, mesmo que no começo pareça arrastado e difícil, persista o final é recompensador.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Twilight (o filme I)

Fui ver o filme esse final de semana e achei muito bom! Finalmente uma adaptação satisfatória de um livro (talvez porque o livro seja bem água com açucar não tenha sido nada difícil adaptar) A diretora optou por intensificar a aventura e as cenas de ação do filme e não o romance em si e isso deu uma resolvida no problema da melação excessiva do livro, gostei mesmo, a trilha sonora é uma delícia, as interpretações estão surpreendentes a meu ver, Robert Pattinson fez um Edward menos príncipe encantado e mais estranhão do colégio o que ganhou milhões de pontos no meu conceito, a Bella está totalmente...Bella, Jacob é o Jacob da minha mente sem dúvida e os vampiros parecem bem assustadores!!!

Mas para não deixar de reclamar de algo e vocês pensarem que fui abduzida por um alienígena, vou falando logo...

Não gostei da Victória e do James (ele tá uma cópia paraguaia do Louis interpretado pelo Brad Pitt em Entrevista com o vampiro e ela muito sem sal para corresponder a Victória dos livros (parece que eu passo a vida perguntando isso, mas cadê o cabelo vermelho flamejante??? Porque os figurinistas têm essa dificuldade de entender que um cabelo vermelho flamejante é vermelho flamejante poxa!!! Não é louro avermelhado, nem castanho acobreado, será que não vende Imédia naquelas terras gringas??)

Enfim, voltando ao lado bom, foi uma grata surpresa, espero que a continuação obvia insinuada no final do filme, mantenha o bom nível.